Elas nascem no meu estômago, e em algum momento migram para o meu coração – quando eu percebo sempre é tarde demais. Nessa exato momento elas estão se movimentando, talvez querendo dizer alguma coisa. Nunca as entendi de verdade. As mais velhas morrem quando outras menores nascem no estômago, e é nesse ciclo vicioso que resumo minha vida sentimental dos últimos anos. Porque borboletas? Elas vivem tão pouco. Não é justo o símbolo do amor ser o coração, quando o meu dói eu mal consigo parar de chorar. No breve momento em que elas vivem no estômago é quando eu finalmente consigo descobrir o significado da palavra felicidade. Porque não assim? Eu estômago você, eu ainda estômago você. Aproveite enquanto você ainda perde a fome por amor, corações são famintos e se alimentam de almas.
(Bruna Vieira)
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